Na incerteza dum absoluto, num caminho sem retorno,
numa volta mágica de puros momentos de sensatez,
em breves reencontros com o destino,
num turbulhão de palavras com rigidez,
Numa história que a Vida teimou em contar, e a qual deixei-me levar,
numa tamanha frontalidade de sentimentos e arrependimentos,
no negrume dum dia cinzento, na esperança dum possível acreditar novamente,
Numa vida que transformou as cinzas em ardor, numa vitória inagualável dum ressurgimento,
por entre laços criados na expectativa dum novo amanhecer,
no qual deixaria de existir os sintomas dum medo que crescia incondicionalmente...
surgiu a palavra.. ETERNAMENTE...
Desvanecida pelo tempo, apagada sem dó nem piedade,
foi-se a fé..acabou-se a felicidade ....e os momentos esses..foram levados com crueldade...
Há COISAS que jamais poderão ser apagadas, dentro do limite e confronto emocional que vivemos..
AS COISAS QUE UM DIA SENTIMOS....
Serão guardadas e enterradas pelo tempo,
por entre o oculto do meu ser vejo-me limitada, chego a sentir-me atraiçoada,
não por ti mas pelos momentos que deixei serem criados libertinamente...
sem receios fui-me entregando, por entre uma imensidão de luz que se avizinhava,
e é devido à podridão dos mesmos que hoje me distancio,
e que abdico de todo o sofrimento que um dia deixei de sentir,dando lugar ao mais belo e puro dos sentimentos...
Deixo livre AS COISAS QUE UM DIA cheguei a sentir...
As COISAS que me fizeram imergir dum passado repleto de descontentamento..
e por fim dizer CHEGA! a incontrolados impulsos absurdos de isolamento....
Consegui libertar-me...entregar-me a um presente envolto de mistério e sedução,
ao qual me entreguei sem olhar para trás, sem achar ser de novo capaz...
A vontade de vencer superou-me...a teimosia de sentir novamente cegou-me...
Ao abrir os olhos vi-me envolvida numa amargura e incontrolável insensatez de sucessivos fracassos....
Fraquejei....entreguei-me...senti....sofri...revoltei-me....
Por COISAS QUE UM DIA SENTI.....e que hoje vejo-as partir...
por entre um deserto sem fim, num mar em que a areia nao consegue mais resistir...
Nele deixarei de navegar.... e por entre a sua maresia desapareço,
ergo-me de novo num novo amanhecer,
e sigo à margem de novos acontecimentos....que o destino me possa reservar...
Assim me despeço.....das COISAS QUE UM DIA SENTIMOS....que o tempo leva para longe de algo que o mar jamais poderá enfrentar...pois nem a própria areia ele conseguiu preservar....
MonyT
Dedicado: ÀS COISAS QUE UM DIA SENTIMOS....
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